ELEMENTOS HUMANOS DA LITURGIA II PARTE

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      ELEMENTOS HUMANOS
                DA LITURGIA
                          🙏🏻
                    (II  Parte)


🔰 Gestos litúrgicos.

Em nossa vida, não usamos só as palavras e atitudes ou posturas, mas também, a linguagem do gesto para expressar-nos: Um aceno, o levantar o punho com o dedo polegar para acima, o franzir a testa, um beijo, etc.

⛪️ Também na liturgia empregamos gestos. Com estes gestos, a liturgia aspira cativar a todo homem, e a despertar na assembléia a variedade de sentidos nobres, dignos do culto divino.

👉🏻 Vejamos, pois, os gestos litúrgicos que mais sobressaem e seu profundo significado.

🔹Sinal da Cruz: É o gesto mais nobre, o mais frequente e eloquente. Não é um rabisco que termina beijando-se o dedo polegar. Este não é o sinal da Santa Cruz! Ela ocorre de dois modos: 1. Sobre nós mesmo, com os dedos extendidos da mão direita, 2. Quando um sacerdote deve abençoar em nome de Cristo, sobre as pessoas ou objetos com a mesma mão levemente encurvada. Uma só vez, ao início do ofício divino, se faz sobre os lábios com o dedo polegar para pedir ao Senhor que Ele mesmo “os abra para poder proclamar com a boca seus louvores”. Marcamos nossa fronte com o sinal da Cruz, e deve fazer-se desde a testa até o peito, e desde o ombro esquerdo ao direito.

⁉️ O que significa fazer-se o sinal da cruz?

🔹Primeiro venerar a cruz redentora de Cristo. Segundo, selar com ela nossa pessoa cristã e assim fortalece-la para fazer o bem e evitar o mal. ➕Esse sinal começa na frente, para que Deus, com sua Santa Cruz, nos tire os maus pensamentos e nos proteja os bons. Depois da frente vai ao peito para que nos tire os maus desejos do coração e nos proteja os bons. E finalmente, nos envolvemos da esquerda para a direita, para proteger do mal todo nosso ser.

🔹A reverência: Consiste em uma ligeira inclinação da cabeça, diante do altar, diante de imagens, ao receber a Sagrada Comunhão, quando o acólito incensa o sacerdote e o povo; ou ao incensar, o mesmo sacerdote faz reverência ao crucifixo ou à imagem dos santos, a modo de saudação reverente. Aqui não só é sinal de cortesia humana, senão que as reverências estão revestidas de culto sagrado. Têm que ser feitas devagar, e só com a cabeça, não com todo o corpo, a não ser que seja na missa depois de oferecer o pão e o vinho e antes do lavar das mãos, onde se inclina ligeiramente também o corpo. Aqui já não é só reverência, senão total inclinação.

🔹Os olhares: Umas vezes convidam para a admiração e adoração silenciosa, de Fé sincera e de recolhimento. Por isso, cravamos o olhar na Hóstia Consagrada e no Cálice, quando o sacerdote os levanta na  consagração, na custódia da exposição e benção do Santíssimo. Também o olhar do sacerdote para o povo é sinal de comunicação fraterna, de saudação cordial. Quando os olhos estão fechados simbolizam, não tanto que estamos dormindo, senão que estamos em profundo silêncio e recolhimento para saborear a comunhão, ou as leituras lidas. É falta de respeito, quando se é dada a homilía e não se olha o pregador. Simboliza desinteresse total, desprezo. Também seria falta de cordialidade e interesse se o pregador não olhar os fiéis na hora de pregar. Quando  elevamos os olhos para cima, está indicando petição a Deus ou desagravo pelos pecados próprios e da humanidade.

🔹Os ósculos ou beijos: O sacerdote da um beijo no altar ao começar e ao terminar a santa missa; é Cristo quem recebe esse ósculo. Os fiéis se dão o beijo no momento da paz. São sinais de afeto, de gratitude, de adesão, de veneração e de reconciliação. Beijamos as relíquias, o crucifixo, a mão do sacerdote que abençoa e perdoa. Cada um destes ósculos imprime um selo religioso especial nas pessoas ou coisas que os recebem. Em muitas partes não é oportuno o beijo da paz, por motivos culturais; então se prefere o aperto de mãos.

🔹Golpes no peito com a mão: É uma dos sinais mais expressivos de dor e contrição de coração, em um pecador. Se faz na confissão, ao momento de dizer o ato de contrição. O fazemos no momento do “Eu confesso” da Santa Missa. Assim, com esse gesto humilde, aplacamos e agradamos melhor a Deus e expressamos mais sentidamente nossa comunhão diante dos demais irmãos. Os golpes devem ser feitos com suavidade, como quando alguém chama a uma porta que não tem campainha nem batedor.

🔹A imposição das mãos significa várias coisas: Transmissão de poderes superiores a pessoas ou grupos de eleitos, ou de algum carisma ou missão, ou absolvição de culpas. Também é sinal de benção de Deus e de consolo na unção dos enfermos. No momento da consagração manifesta o poder maravilhoso dos sacerdotes de converter o pão e o vinho em Corpo e Sangue de Cristo. Também é sinal de expulssão do demônio nos exorcismos.

🔹Caminhar para o altar: Não é um simples gesto, é um rito. É também símbolo de nosso peregrinar para o céu. Caminhamos com outros, não sós. Assim, nas procissões, peregrinações, vamos com alegria, sem temores, pois sabemos que Cristo é o Caminho vivo e verdadeiro.

🔹Cantar: O que canta ora duas vezes, dizia santo Agostinho. O canto é o afeto do coração feito música.

🗣 Para compartilhar no GOF:

1️⃣ Que virtude regula e canaliza tudo o relacionado com a liturgia?

2️⃣ Em que nos firma e nos aproxima estes gestos e símbolos para entender melhor a liturgia e encontrar-nos com Deus?
                 
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🔹Elaborado por: José Ramón Anza, Mfc.

🔹 Fonte:
      • Antonio Rivero Catholic.net Liturgia Básica para Laicos.
   
🔹Data: 25 de Janeiro de 2016.

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               (Jo 17, 21)

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