🙇⛪🙆 RELIGIOSIDADE POPULAR.

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               RELIGIOSIDADE
                   POPULAR.

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Quando falamos de “religiosidade popular” unimos duas palavras. A “religiosidade” equivale a prática e esmero em cumprir as obrigações religiosas. E a religião, como virtude, move a dar a Deus o culto devido. “Popular” é o relativo ao povo, o que é peculiar dele ou procede dele, quer dizer, o que vem de gente comum.

📕 Segundo o Catecismo da Igreja Católica:

#️⃣1674 Ademais da liturgia sacramental e dos sacramentais, a catequese deve ter em conta as formas de piedade dos fiéis e de religiosidade popular. O sentido religioso do povo cristão tem encontrado, em todo tempo, sua expressão em formas variadas de piedade em torno a vida sacramental da Igreja: tais como a veneração das relíquias, as visitas a santuários, as peregrinações, as procissões, a via crúcis, as danças religiosas, o rosário, as medalhas, etc.(cf. Cc. de Nicea II)

#️⃣1675 Estas expressões prolongam a vida litúrgica da Igreja, mas não a substituem: "Mas convém que estes exercícios se organizem tendo em conta os tempos litúrgicos para que estejam de acordo com a sagrada liturgia, derivem em certo modo dela e conduzam ao povo para ela, já que a liturgia, por sua natureza, está muito além deles" (SC 13).

#️⃣1676 Se necessita de um discernimento pastoral para sustentar e apoiar a religiosidade popular e, se for o caso, para purificar e retificar o sentido religioso subjacentes a estas devoções e para fazê-las progredir no conhecimento do Mistério de Cristo. Seu exercício está submetido ao cuidado e ao juízo dos 426 bispos e às normas gerais da Igreja. (cf. CT 54).

⚠️ A grande tentação da religiosidade popular é a superstição. Mas a superstição é uma deriva indesejada do religioso. Uma deriva menos anti-religiosa que o ateísmo ou o indiferentismo. Ainda que, naturalmente, uma deriva que deve ser corrigida. Mas, não necessariamente, a religiosidade popular tem de cair na superstição.

🙇🏻🙏🏻 O povo necessita expressar sua fé, de forma intuitiva e simbólica, imaginativa e mística, festiva e comunitaria. Sem esquecer a necessidade da penitência e da conversão. Deus está longe e, por sua vez, está perto. Algo disto se percebe na religiosidade popular. A Igreja deve velar para purificar, fortalecer e elevar todas estas manifestações de fé (cf “Lumen gentium”, 13), atendendo a capacidade que este tipo de vivência possui para manter aberto a ponte, ou o passo, para a trascendência.

😇 Os beneditinos, por exemplo, fomentaram a devoção aos santos, aos nomes de Jesus e de Maria, e as missas pelos difuntos.

Também a dança das imagens, as promessas feitas, mas sem compromisso de conversão (na Venezuela se vê muito na procissão do nazareno).

👉🏻 Os franciscanos divulgaram a devoção à paixão de Jesus, no “Via Crucis”, ... . O Cardeal Pironio vinculava religiosidade popular e inculturação. A religiosidade popular é “a maneira em que o cristianismo se encarna nas diversas culturas e estados étnicos, e é vivido e se manifesta no povo”.

⛪️ Paulo VI dizia que a religiosidade popular “pode produzir muito bem”. E a Congregação para o culto divino e para a disciplina dos sacramentos publicou, em seu dia, um “Diretório sobre a piedade popular e a liturgia” (2002).

🖊 Por último, a religiosidade do povo, em seu núcleo, é um acervo de valores que responde com sabedoria cristã às grandes interrogações da existência. A sapiência popular católica tem uma capacidade de síntese vital, assim acarreta criadoramente o divino e o humano, Cristo e Maria, espírito e corpo, comunhão e instituição, pessoa e comunidade, fé e pátria, inteligência e afeto.

🙌🏻 Essa sabedoria é um humanismo cristão que afirma radicalmente a dignidade de toda pessoa como filho de Deus, estabelece uma fraternidade fundamental, ensina a encontrar a natureza e a compreender o trabalho, e proporciona as razões para a alegria e o humor, ainda no meio de uma vida muito dura. Essa sabedoria é também para o povo um princípio de discernimento, um instinto evangélico pelo qual capta espontâneamente quando se serve o Evangelho na Igreja e, quando ele está vazio, se asfixia com outros interesses. (Documento de Puebla, 1979, nº 448, cf. En 48).

Devemos ter claro que a religiosidade popular por si só não assegura uma autêntica vida de fé e que existem outros perigos a parte da superstição que podem desviar o sentido popular da de fé.

📝 Para compartilhar e meditar no GOF:

🚩 Que expressões de religiosidade popular encontras em tua cidade ou povoado?
🚩 O que não poderia ser religiosidade popular?

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🔹Elaborado por: Danny Calderón, Mfc.

🔹Fontes:
     • Lumen Gentium, 13.
Catecismo de la Iglesia Católica.
Documento de Puebla, 1979, nº 448, cf. En 48.
     • http://www.corazones.org/diccionario/religiosidad_popular.htm
http://infocatolica.com/blog/puertadedamasco.php/religiosidad_popular

🔹 Data: 15 de Janeiro de 2016.

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               (Jo 17, 21)

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